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Então o SENHOR respondeu mais a Jó, dizendo: |
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Por acaso quem briga contra o Todo-Poderoso pode ensiná-lo? Quem quer repreender a Deus, responda a isto. |
| 3 |
Então Jó respondeu ao SENHOR, dizendo: |
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Eis que eu sou insignificante; o que eu te responderia? Ponho minha mão sobre minha boca. |
| 5 |
Uma vez falei, porém não responderei; até duas vezes, porém não prosseguirei. |
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Então o SENHOR respondeu a Jó desde o redemoinho, dizendo: |
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Cinge-te agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explica. |
| 8 |
Por acaso tu anularias o meu juízo? Tu me condenarias, para te justificares? |
| 9 |
Tens tu braço como Deus? Ou podes tu trovejar com tua voz como ele? |
| 10 |
Orna-te, pois, de excelência e alteza; e veste-te de majestade e glória. |
| 11 |
Espalha os furores de tua ira; olha a todo soberbo, e abate-o. |
| 12 |
Olha a todo soberbo, e humilha-o; e esmaga aos perversos em seu lugar. |
| 13 |
Esconde-os juntamente no pó; ata seus rostos no oculto. |
| 14 |
E eu também te reconhecerei; pois tua mão direita te terá livrado. |
| 15 |
Observa o beemote, ao qual eu fiz contigo; ele come erva come como o boi. |
| 16 |
Eis que sua força está em seus lombos, e seu poder na musculatura de seu ventre. |
| 17 |
Ele torna sua cauda dura como o cedro, e os nervos de suas coxas são entretecidos. |
| 18 |
Seus ossos são como tubos de bronze; seus membros, como barras de ferro. |
| 19 |
Ele é a obra-prima dos caminhos de Deus; aquele que o fez o proveu de sua espada. |
| 20 |
Pois os montes lhe produzem pasto; por isso todos os animais do campo ali se alegram. |
| 21 |
Ele se deita debaixo das árvores sombrias; no esconderijo das canas e da lama. |
| 22 |
As árvores sombrias o cobrem, cada uma com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. |
| 23 |
Ainda que o rio se torne violento, ele não se apressa; confia ainda que o Jordão transborde até sua boca. |
| 24 |
Poderiam, por acaso, capturá-lo à vista de seus olhos, ou com laços furar suas narinas? |