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Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. |
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Ele : Como um lírio entre os espinhos, assim é minha querida entre as moças. |
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Ela : Como a macieira entre as árvores do bosque, assim é o meu amado entre os rapazes; debaixo de sua sombra desejo muito sentar, e doce é o seu fruto ao meu paladar. |
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Ele me leva à casa do banquete, e sua bandeira sobre mim é o amor. |
| 5 |
Sustentai-me com passas, fortalecei-me com maçãs; porque estou fraca de amor. |
| 6 |
Esteja sua mão esquerda abaixo de minha cabeça, e sua direita me abraça. |
| 7 |
Eu vos ordeno, filhas de Jerusalém: jurai pelas corças e pelas cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis ao amor, até que ele queira. |
| 8 |
Esta é a voz do meu amado: vede-o vindo, saltando sobre os montes, pulando sobre os morros. |
| 9 |
Meu amado é semelhante ao corço, ou ao filhote de cervos; eis que está atrás de nossa parede, olhando pelas janelas, observando pelas grades. |
| 10 |
Meu amado me responde, e me diz:Ele : Levanta-te, querida minha, minha bela, e vem. |
| 11 |
Porque eis que o inverno já passou; a chuva se acabou, e foi embora. |
| 12 |
As flores aparecem na terra, o tempo da cantoria chegou; e ouve-se a voz da rolinha em nossa terra. |
| 13 |
A figueira está produzindo seus figos verdes, e as vides florescentes dão cheiro; levanta-te, querida minha, minha bela, e vem. |
| 14 |
Pomba minha, que andas pelas fendas das rochas no oculto das ladeiras, mostra-me tua face, faze-me ouvir tua voz; porque tua voz é doce, e tua face agradável. |
| 15 |
Tomai-nos as raposas, as raposinhas, que danificam as vinhas, porque nossas vinhas estão florescendo. |
| 16 |
Meu amado é meu, e eu sou sua; ele apascenta entre os lírios. |
| 17 |
Antes do dia se romper, e das sombras fugirem, volta, amado meu, faze-te semelhante ao corço, ao filhote de cervos, sobre os montes de Beter. |